segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Projeto verão: salvar a pele

Ela é o alvo do câncer mais comum do Brasil, apesar da prevenção desse tipo de tumor ser simples. entenda por que e como evitar queimá-la

por Julliane Silveira | Infográfico: Luciano Veronezi
Editora Globo
Maquiagem solar: o bronze pode até ser bonito, mas a longo prazo deixa sua pele menos saudável e mais propensa ao câncer (Crédito: Getty Images)
Vem chegando o verão e, com ele, aquela vontade de passar o maior tempo possível na praia ou na piscina, aproveitando o sol. Como você provavelmente sabe, mas nem sempre lembra, não dá para entrar nessa brincadeira sem um belo kit de proteção solar, porque ela aumenta bastante o risco de você pegar uma doença grave.

“O câncer de pele é o único que pode ser totalmente evitado. Ele nem deveria existir se todos se protegessem efetivamente contra os raios solares”, diz o dermatologista Marcus Maia, coordenador do Programa de Prevenção de Câncer de Pele da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Os raios ultravioleta danificam o DNA das células da pele ao longo do tempo e, por isso, favorecem o aparecimento de tumores. Não por acaso, o câncer de pele é o tipo de tumor mais comum em nosso país tropical. O Instituto Nacional do Câncer estima que em 2012 o Brasil tenha um total de 140 mil novos casos desse tipo de tumor. Para se ter uma ideia, isso deve representar 27% do total de notificações de câncer no país.

Pessoas de pele muito branca, que se queimam com facilidade, de olhos claros, loiras ou que têm histórico de câncer de pele na família são as mais propensas a desenvolver a doença. Aquelas que têm um sistema imune debilitado, como quem passou por um transplante ou é soropositivo, também estão sob maior risco e precisam de cuidados extras.

Existem dois grandes tipos de câncer de pele. Os não-melanomas são bem mais comuns e menos agressivos, e se manifestam como feridas na pele que nunca cicatrizam. Já os melanomas sempre surgem de uma pinta e são bem mais raros — cerca de 4% do total dessa categoria. O problema é que eles são também os mais letais. Apesar de os dois tipos terem boa chance de cura se identificados na fase inicial, sempre existe um risco de morte.

“Por isso, é importante pensar numa proteção solar abrangente, que envolva o uso do filtro, de roupas apropriadas e a exposição ao sol somente nos horários mais adequados”, acrescenta Maia.
Como se não bastasse esse efeito maligno, o astro-rei também é considerado o envelhecedor número 1 da pele. E ele age precocemente: 75% dos danos causados no DNA das células cutâneas ocorrem até os 25 anos de idade. Por isso, dá para dizer que o filtro solar, além de prevenir o câncer de pele, é o melhor creme antirrugas que existe.

Veja como os raios ultravioletas fazem seu estrago e conheça algumas dicas de como se proteger melhor. (Clique para ampliar!)
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