segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Educação Ambiental com André Mourão, Promoção da Saúde CAP 4.0

 
Dia 25/01/2013 em parceria com a Promoção da Saúde da Cap 4.0 realizamos uma palestra sobre Educação Ambiental, com o palestrante André Mourão, onde abordamos como devemos mobilizar para que o meio ambiente melhore e o quanto com o descuido da população nos prejudica e trazem doenças a todos da nossa comunidade.
 

Devemos socializar, identificar, mobilizar, interagir em prol da saúde para chegarmos a uma solução e combater a Dengue, o desmatamento, o lixo, queimadas e doenças.
 

 
Abordamos sobre diversos animais que são prejudiciais a saúde e outros que existem para combater outros animais prejudiciais tais como: morcego, largatixa, aranha, cachorro, pombo, rato e etc.


Quero parabenizar aos alunos e alunas, usuários da comunidade que compareceram nessa última sexta-feira de Janeiro para assistir e ouvir novas informações que estão começando a exercerem em comunidade e junto somos fortes, devemos e contamos com a ajuda de vocês. E ao André Mourão, Promoção da Saúde da Cap 4.0 pela disponibilidade e sucesso na palestra.

Bye

Ágata Reis
Educadora Física
Programa Academia Carioca da Saúde
CF Padre José de Azevedo Tiúba

sábado, 19 de janeiro de 2013

Atividade física é indicado ao Diabético tipo 1

Atividade física é indicado ao Diabético tipo 1 por diversos motivos


O diabetes tipo 1, caracteriza-se pela total deficiência na produção da insulina, hormônio que é responsável pela “entrada do açúcar para dentro das células”. Quando o indivíduo não produz a insulina, o açúcar se acumula no sangue e causa o que chamamos de hiperglicemia. O exercício capta a glicose sem precisar da insulina e por isso é utilizado como tratamento não farmacológico.

 É indicado para diabéticos tipo 1 por diversos motivos dentre os quais se destacam :

- controle do peso corporal;

- melhora na sensibilidade à insulina (insulina utilizada como medicamento);

- redução das doses de insulina, devido a melhora da sua sensibilidade, pois é necessária menor quantidade de insulina para captar o açúcar do sangue;

- diminuição das disfunções autonômicas e cardiovasculares, uma vez que o diabetes causa algumas alterações na função autonômica que se relaciona ao sistema nervoso simpático e parassimpático e também no coração e artérias.

O diagnóstico do diabetes tipo 1 não deve ser impedimento para a prática de atividade física em pacientes que não possuem complicações e apresentam um bom controle glicêmico, entretanto alguns cuidados devem ser tomados. A habilidade de se ajustar medicamentos, alimentação e exercício físico auxiliam na participação segura e são importantes fatores que devem ser considerados durante a preparação de estratégias de treinamento para indivíduos com diabetes.

Particularmente, a importância da monitorização da glicose sanguínea em resposta ao exercício físico melhora o desempenho e aumenta a segurança dos indivíduos. A hipoglicemia, que pode ocorrer imediatamente ou horas após o fim do exercício físico, pode ser evitada através do conhecimento das respostas metabólicas e hormonais individuais e elaboração de um treinamento adequado. Alguns estudos apontam que a melhor maneira de se prevenir a hipoglicemia é através da ingestão apropriada de carboidrato antes e durante a atividade (Grimm, Ybarra et al. 2004; Iafusco 2006; Guelfi, Jones et al. 2007). O consumo de carboidrato depende do esporte praticado, duração, intensidade e hora do dia.

Toni et al., (2006), publicaram um artigo sobre terapia insulínica durante o exercício e apresentam algumas prováveis alterações nas dosagens de insulina de acordo com o exercício:

(1) O exercício realizado no início da manhã antes do almoço:

- pode reduzir a dosagem de insulina utilizada de noite cerca de 20-50%, de acordo com a intensidade do exercício (Ruegemer, Squires et al. 1990);

- pode reduzir a dose de insulina de ação prolongada à noite (Peter, Luzio et al. 2005);

- pode ser útil reduzir a insulina entre 30-50% o período antes do almoço (Peirce 1999).

(2) O exercício realizado após o almoço ou lanche:

- atraso da atividade por 1-2 horas após a administração da insulina (Steppel and Horton 2003);

- redução da dosagem de insulina pré-refeição 20-75% de acordo com a duração e intensidade do exercício (Rabasa-Lhoret, Bourque et al. 2001);

- pode ser necessário reduzir as doses de insulina antes das próximas refeições (Rabasa-Lhoret, Bourque et al., 2001, Steppel e Horton, 2003);

(3) Exercício prolongado:

- pode reduzir dosagem de insulina rápida pré-refeição por 30-50% se o exercício durar até 4 horas;

- pode reduzir dosagem de insulina na noite anterior.

É importante lembrar que estas sugestões clínicas devem ser avaliadas somente pelo seu médico da saúde da família e dependem das respostas individuais. Por isso NUNCA altere a dosagem da sua insulina ou qualquer outro medicamento sem indicação médica. Os ajustes exatos dependem de cada indivíduo, nível de condicionamento, tipo de atividade e outros fatores que deverão ser considerados. 

Fale com a sua agente de saúde para que marque a consulta médica e acompanhe sua glicemia, melhorando cada vez mais esse indicador de saúde praticando atividade física e alimentação saudável.

Bye

Ágata Reis


sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

III Edital Concurso Blogueiros 2013 - Vamos se inscrever e concorrer!


Apresentação do III edital do Concurso Blogueiros de 2013 no auditório térreo na ENSP/FIOCRUZ realizada hoje as 14hs  com Dr Luis Felipe e toda Rede OTICS-RIO e gerências de CAP e Unidades de saúde da família estiveram presente no local com seus respectivos blogueiros de saúde família.

O que aconteceu: resumo do II Concurso Blogueiros em 2012; Apresentação de Brindes a cada Unidade vencedora de cada categoria e suas respectivas Unidades de Saúde; Vídeo de homenagem a todas as categorias e profissionais da Estratégia Saúde da Família; apresentação do Edital do III Concurso Blogueiros 2013 e já estamos na corrida para novas informações, promoção de saúde da Clínica da Família Padre José de Azevedo Tiúba.


Contamos com a ajuda e divulgação de nossa atuação em nosso território através de nossos profissionais de saúde e todos os usuários do Bairro da Gardênia Azul. Qualquer usuário tem direito a participar do blog da Clínica da família Padre José de Azevedo Tiúba junto de toda a Equipe REDE OTICS-BARRA e toda Equipe de profissionais em busca de informação, orientação, promoção de saúde e atenção primária da Estratégia Saúde Família.

Vamos brigar por todas as categorias e iremos com tudo!!!



Bye

Ágata Reis
Educadora Física









Colônia de Férias com algumas crianças do Gardênia Azul

Essa semana terminou à 1ª SEMANA da Colônia de Férias daqui da Clínica Família Padre José de Azevedo Tiúba, onde apareceram dois grupos de atividades físicas para crianças de 3 anos a 15 anos.


Onde se dá início de um trabalho entre crianças e adolescente brinquem, conversem e se interagem socialmente de forma dinâmica, lazer e promoção de saúde.

Fizemos uma dinâmica de reconhecimento do grupo, alongamento e piques: pique pega, pique cola, pique corrente, pique espelho (criada pelas próprias crianças), pique cola americano, e etc.






A semana inteira eles irão fazer e praticar atividade física aqui na Clínica do Gardênia aproveitando as férias e acordando cedo para praticar atividade física como lazer e brincadeiras.

Que venha mais uma semana de segunda a quinta as 8h as 10h, e qualquer criança pode participar da Colônia de Férias da CF JAT.



Participação foto: Eliane Furtado (ACS) - Equipe Rubia



Bye

Ágata Reis
Educadora Física






Programa Academia Carioca da Saúde com Projeto Cafuné


Programa Academia Carioca da Saúde, SESQV e Projeto Cafuné juntos promovendo atividade lúdica, física e oficina de memória.

Que visa integrar crianças, adolescentes e idosos com atividades dinâmicas, jogos, brincadeiras e atividades lúdicas.


Hoje na Clínica da Família Padre José de Azevedo Tiúba no período da manhã realizou Torneio de Sueca, dominó e um jogo criado pelas crianças Gamer, onde a regra parecida com Pôquer e Sueca, na igualdade de 4 cartas com códigos entre parceiros você pode abaixar a jogada na mesa e ganhar o jogo caso as outras duplas não percebam a jogada, se perceberem se diz: corta. Que ai neutraliza a jogada GAMER.



Houve uma integração entre funcionários e usuários foi uma manhã deliciosa apesar da chuva, e ao mesmo tempo a Academia com aparelhos teve funcionamento normalmente com presença de usuários e a novidade do mês de Janeiro é que todos os alunos que já são matriculados terão que trazer um conhecido, vizinho, amigo, parente do sexo masculino para aumentar a participação do gênero masculino com a promoção de saúde. Está tendo um resultado positivo e ao mesmo tempo acontecendo 2 semanas de Colônia de férias, seguindo para a última semana dia 21 a dia 24, no turno da manhã 8h e 9h, com 20 crianças participando.



Participação de funcionários e usuários dentro das atividades realizadas na sala Centro de Convivência do Idoso, protagonismo Juvenil e outros Parceiros de promoção de saúde.






Sessão cinema com dinâmica Promoção de saúde: Alzheimer com o filme Diário de uma paixão, cenas escolhidas e resumo da sinopse para todos os(as) usuários(as) inclusive com participação de crianças e adolescentes.




 Aproveitando a presença dos usuários, apreciando cada jogada sendo realizada na partida de sueca, a Enfermeira Raquel da Equipe Nova Esperança, aproximou de um dos usuários e preencheu a Caderneta do Idoso. A Técnica Saúde Bucal Daniela fez uma Ação Coletiva com as crianças que estão participando da Colônia de Férias na CF Padre José de Azevedo Tiúba.




E toda quarta-feira a Oficina da Memória terá realização em dois turnos:  9h as 11h no turno da manhã; 15h as 17h no turno da tarde.

Qualquer pessoa poderá participar normalmente das atividades realizadas na sala Centro de Convivência do Idoso, o importante é a promoção de saúde e integração social entre usuários e funcionários.



Bye

Ágata Reis
Educadora Física 



segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Projeto verão: salvar a pele

Ela é o alvo do câncer mais comum do Brasil, apesar da prevenção desse tipo de tumor ser simples. entenda por que e como evitar queimá-la

por Julliane Silveira | Infográfico: Luciano Veronezi
Editora Globo
Maquiagem solar: o bronze pode até ser bonito, mas a longo prazo deixa sua pele menos saudável e mais propensa ao câncer (Crédito: Getty Images)
Vem chegando o verão e, com ele, aquela vontade de passar o maior tempo possível na praia ou na piscina, aproveitando o sol. Como você provavelmente sabe, mas nem sempre lembra, não dá para entrar nessa brincadeira sem um belo kit de proteção solar, porque ela aumenta bastante o risco de você pegar uma doença grave.

“O câncer de pele é o único que pode ser totalmente evitado. Ele nem deveria existir se todos se protegessem efetivamente contra os raios solares”, diz o dermatologista Marcus Maia, coordenador do Programa de Prevenção de Câncer de Pele da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Os raios ultravioleta danificam o DNA das células da pele ao longo do tempo e, por isso, favorecem o aparecimento de tumores. Não por acaso, o câncer de pele é o tipo de tumor mais comum em nosso país tropical. O Instituto Nacional do Câncer estima que em 2012 o Brasil tenha um total de 140 mil novos casos desse tipo de tumor. Para se ter uma ideia, isso deve representar 27% do total de notificações de câncer no país.

Pessoas de pele muito branca, que se queimam com facilidade, de olhos claros, loiras ou que têm histórico de câncer de pele na família são as mais propensas a desenvolver a doença. Aquelas que têm um sistema imune debilitado, como quem passou por um transplante ou é soropositivo, também estão sob maior risco e precisam de cuidados extras.

Existem dois grandes tipos de câncer de pele. Os não-melanomas são bem mais comuns e menos agressivos, e se manifestam como feridas na pele que nunca cicatrizam. Já os melanomas sempre surgem de uma pinta e são bem mais raros — cerca de 4% do total dessa categoria. O problema é que eles são também os mais letais. Apesar de os dois tipos terem boa chance de cura se identificados na fase inicial, sempre existe um risco de morte.

“Por isso, é importante pensar numa proteção solar abrangente, que envolva o uso do filtro, de roupas apropriadas e a exposição ao sol somente nos horários mais adequados”, acrescenta Maia.
Como se não bastasse esse efeito maligno, o astro-rei também é considerado o envelhecedor número 1 da pele. E ele age precocemente: 75% dos danos causados no DNA das células cutâneas ocorrem até os 25 anos de idade. Por isso, dá para dizer que o filtro solar, além de prevenir o câncer de pele, é o melhor creme antirrugas que existe.

Veja como os raios ultravioletas fazem seu estrago e conheça algumas dicas de como se proteger melhor. (Clique para ampliar!)
Clique para ampliar!

Exame de sangue facilita diagnóstico precoce de Alzheimer

Nova pesquisa identifica doença pelos anticorpos que o organismo produz

por New Scientist
Editora Globo
Um grupo de pesquisadores norte-americanos anunciou uma nova técnica para testes sanguíneos que poderia diagnosticar o mal de Alzheimer de maneira precoce por meio dos anticorpos que o organismo produz.
Muitos testes para diagnósticos usam antígenos – proteínas ou outras partículas modificadas e estranhas para o corpo que fazem com que nosso sistema imunológico produza anticorpos para combatê-las. Se você identifica o anticorpo, pode reconhecer também a doença. Mas ainda não se conhece quais antígenos provocariam a produção de anticorpos para lutar contra o mal de Alzheimer.
>> Seu cérebro tem fome de quê?
>> Estímulo elétrico no cérebro melhora habilidade matemática
A hipótese do cientista Thomas Kodadek, do Instituto de Pesquisa Scripps, dos Estados Unidos, é que os antígenos do Alzheimer seriam biomoléculas naturais, mas com alguma coisa de errado. A ideia é que elas podem ser moléculas naturalmente encontradas no corpo humano, mas com a forma modificada.
Editora Globo
Os pesquisadores sintetizaram milhares de peptóides– moléculas artificiais parecidas com moléculas naturais chamadas peptídeos, naturalmente encontrados em nosso corpo – e usaram-nas como isca para a liberação dos anticorpos.
A equipe fez os primeiros testes em ratos com esclerose múltipla e conseguiram distinguir os animais saudáveis dos doentes. Depois, fizeram o mesmo procedimento em seis pessoas com Alzheimer, seis portadores de mal de Parkinson e seis saudáveis para controle. O teste ajudou a identificar três anticorpos específicos dos portadores de Alzheimer.
O teste teve 93% de eficácia. O estudo pode ser uma esperança para diagnosticar precocemente o Alzheimer com um simples exame sanguíneo. Em seguida, para ter confirmação do diagnóstico seria necessário fazer um exame mais detalhado do cérebro da pessoa.
Atualmente, os médicos fazem o diagnóstico baseados nos sintomas clínicos do paciente, que acontecem quando a doença já está muito avançada. Será preciso muito mais pesquisas e testes em pessoas diferentes para avaliação da precisão e abrangência do novo teste.
Apesar dos avanços em reconhecer a doença antes que a pessoa manifeste os sintomas, quem porventura conseguir descobrir que irá desenvolvê-la no futuro não poderia fazer muito, já que não há cura e nenhum medicamento que efetivamente consiga barrar o progresso do Alzheimer. Mas a descoberta da cura passa também pelo diagnostico precoce, acreditam os cientistas. E a técnica desenvolvida poderá até ajudar na identificação de outras doenças.

Bilíngues têm vantagens no aprendizado

Estudos mostram que quem sabe mais de uma língua está mais protegido contra a senilidade e podem até raciocinar de forma diferente em cada idioma

por Catherine de Lange

Editora Globo
Créditos: Francisco Martins
Quando era um bebê, minha mãe fez algo que alterou o modo como meu cérebro se desenvolveu. Algo que melhorou minha capacidade de aprendizagem, de resolver enigmas e de executar múltiplas tarefas ao mesmo tempo. Um dia, esse ato talvez até proteja meu cérebro da senilidade. O que foi esse truque? Ela começou a falar comigo em francês.

Novas pesquisas sugerem que falar duas línguas pode ter efeito profundo no modo como pensamos. O aprimoramento cognitivo é apenas o primeiro passo. Memórias, valores, até a personalidade podem mudar, dependendo da língua que estou falando. É quase como se o cérebro bilíngue abrigasse duas mentes independentes.

A opinião sobre o bilinguismo não foi sempre tão positiva. Desde o século 19 pedagogos alertavam que a prática confundiria as crianças e as impediria de aprender corretamente uma das línguas ou a outra. Na pior das hipóteses, essa educação poderia prejudicar o desenvolvimento e reduziria o QI. Hoje, esses medos parecem não ter fundamento. Sim, indivíduos bilíngues tendem a ter vocabulários ligeiramente menores em relação a monoglotas nos idiomas que falam e às vezes demoram um pouco mais para encontrar a palavra certa para cada objeto. Mas um estudo da década de 1960 feito no Canadá revelou que a habilidade de falar dois idiomas não prejudica o desenvolvimento em geral, pelo contrário. Os psicólogos Elizabeth Peal e Wallace Lambert, da Universidade McGill, descobriram que os indivíduos bilíngues, na verdade, superam os monoglotas em 15 testes verbais e não-verbais.

Infelizmente, esses resultados foram ignorados por quase todos os pesquisadores da época. Apenas nos últimos anos o bilinguismo recebeu a atenção que merece. O interesse renovado acompanhou inovações tecnológicas, como a espectroscopia de infravermelho próximo funcional, uma forma de diagnóstico por imagem que funciona com um monitor portátil observando os cérebros de bebês sentados nos colos dos pais. Pela primeira vez, os pesquisadores puderam analisar os cérebros de recém-nascidos em seus primeiros encontros com a linguagem.

Usando essa técnica, a neurocientista norte-americana Laura Ann Petitto, da Gallaudet University, descobriu uma diferença fundamental entre bebês que crescem ouvindo uma ou duas línguas. De acordo com a teoria mais difundida, os bebês nascem “cidadãos do mundo”, capazes de diferenciar sons de qualquer idioma humano. Quando chegam a um ano, acredita-se que eles tenham perdido essa capacidade e se concentram exclusivamente nos sons de sua língua-mãe. Isso parece verdade para os monoglotas, mas o estudo de Petitto, publicado em maio deste ano, descobriu que as crianças bilíngues ainda mostram um aumento de atividade neurológica quando ouvem línguas totalmente desconhecidas ao final de seu primeiro ano. Petitto acha que a experiência bilíngue impede que a criança perca a capacidade de entender sons de outros cantos. O fato ajuda as crianças bilíngues a aprenderem outros idiomas pelo resto da vida.
Editora Globo
Créditos: Francisco Martins
Só o que interessa

Outra vantagem do cérebro de bilíngues foi descoberta em 2003 por Ellen Bialystok, psicóloga da Universidade York de Toronto. A pesquisadora pediu a um grupo de crianças que identificasse quais frases de uma sequência eram gramaticalmente corretas. Ambos os tipos, monoglotas e bilíngues, enxergavam o erro em frases como “maçãs cresçam em árvores”, mas as diferenças apareciam quando analisavam frases sem sentido, como “maçãs crescem em narizes”. Os monoglotas, desconcertados pela ideia ridícula, não conseguiam reconhecer que a sentença não continha erros gramaticais, enquanto os bilíngues davam a resposta certa.

Com base nesse e em outros estudos, Bialystok defende que os cérebros de bilíngues passam por melhorias no chamado “sistema executivo” do cérebro, um conjunto de habilidades mentais que dá capacidade de bloquear informações irrelevantes. Essa vantagem seria a responsável por eles conseguirem se concentrar na gramática e ignorar o sentido das palavras. A característica também os ajuda a passar de uma tarefa para outra sem ficar confuso.

O sistema executivo é fundamental para praticamente tudo que fazemos, da leitura à matemática e até dirigir carros. Logo, melhorias nesse aspecto resultam em maior flexibilidade mental. As virtudes do bilinguismo podem até alcançar nossas habilidades sociais. Paula Rubio-Fernández e Sam Glucksberg, ambos psicólogos da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, descobriram que indivíduos bilíngues são mais capazes de se imaginar no lugar dos outros, pois têm mais facilidade de bloquear informações que já conhecem e se concentrar no ponto de vista alheio.

Ginástica mental

Mas por que falar dois idiomas torna o cérebro bilíngue tão focado? Para descobrir isso, a psicóloga Viorica Marian, da Universidade Northwestern, nos EUA, usou monitores de movimento dos olhos para registrar o foco de voluntários enquanto realizavam uma série de atividades. Em uma delas, a pesquisadora enfileirou alguns objetosem frente a indivíduos bilíngues em russo e inglês e pediu, por exemplo, que “pegassem a caneta”. Os nomes de parte dos objetos escolhidos soam parecidos nas duas línguas, mas têm sentidos diferentes. A palavra russa para “selo” é parecida com a palavra em inglês para “caneta”. Apesar dos voluntários sempre entenderem a pergunta, o monitor mostrava que eles davam uma olhada rápida no objeto errado (o selo, neste caso) antes de escolher o correto (a caneta).

Esse gesto quase imperceptível revela um detalhe importante do cérebro bilíngue: nos bastidores, as duas línguas estão sempre competindo pela nossa atenção. O resultado é que quando os bilíngues falam, escrevem ou escutam o rádio, o cérebro está ocupado, tentando escolher a palavra certa e inibindo o mesmo termo da outra língua. É um teste difícil de controle executivo, o mesmo tipo de exercício que encontramos em programas de “treinamento cerebral” vendidos por aí.

Não demorou para os cientistas imaginarem que essa ginástica também poderia ajudar o cérebro a resistir aos efeitos da velhice. Afinal, há evidências que outras formas de exercício cerebral criam uma reserva cognitiva que protege a mente da deterioração causada pela idade. Isso foi mostrado quando Bialystok e seus colegas coletaram dados de 184 pessoas diagnosticadas com demência, metade das quais eram bilíngues. Os resultados, publicados em 2007, foram surpreendentes: os sintomas surgiram quatro anos mais tarde entre os bilíngues em relação a seus colegas monoglotas. Em 2010, eles repetiram o estudo em outros 200 indivíduos com Alzheimer. Os sintomas começaram a se manifestar cinco anos mais tarde entre aqueles pacientes que eram bilíngues.

Outra língua, outra atitude

Além de fortalecer os cérebros, falar um segundo idioma pode ter um impacto profundo sobre o comportamento. Susan Ervin-Tripp, da Universidade de Berkeley, na Califórnia, estudou a questão na década de 1960, quando pediu a um grupo de falantes de japonês e inglês que completassem um conjunto de frases em duas sessões separadas: primeiro em um idioma, depois no outro. Ela descobriu que os voluntários tendiam a usar finais bastante diferentes em uma língua e outra. Por exemplo, dada a frase “amigos de verdade devem...”, os participantes completavam com “ajudar uns aos outros” em japonês, mas com “ser honestos” em inglês. Os achados levaram Ervin-Tripp a sugerir que os bilíngues utilizam dois canais mentais, um para cada idioma, como duas mentes diferentes.

Diversos estudos recentes parecem apoiar essa teoria das duas mentes (veja mais deles na página ao lado). Uma explicação é que cada idioma traz à mente os valores da cultura que vivenciamos enquanto o aprendíamos, explica Nairán Ramírez-Esparza, psicóloga da Universidade de Washington. Em um estudo recente, Nairán pediu que mexicanos bilíngues avaliassem a própria personalidade em questionários em inglês e espanhol. É sabido que a modéstia tem um valor cultural mais alto no México em comparação com os Estados Unidos, onde a assertividade é sinônimo de respeito. O idioma das perguntas parecia ativar essas diferenças. Quando questionados em espanhol, os voluntários eram mais humildes do que quando a pesquisa era apresentada em inglês.

Apesar dos avanços recentes, em se tratando do impacto do bilinguismo, os pesquisadores podem estar vendo apenas a ponta do iceberg. Muitas perguntas ainda estão sem resposta. Uma das principais é se um indivíduo que foi criado monoglota poderia obter os mesmos benefícios ao aprender outra língua. Em caso positivo, é difícil pensar em motivo melhor para o ensino de língua estrangeira.

Fala-se muito sobre as dificuldades enfrentadas por quem tenta aprender um novo idioma na idade adulta, mas as evidências sugerem que o esforço vale a pena. “É possível aprender outro idioma com qualquer idade e falá-lo fluentemente. Nós conseguimos ver os benefícios para o seu sistema cognitivo”, diz Marian. Bialystok concorda que os aprendizes adultos conquistam uma vantagem, ainda que o aumento de desempenho tenda a ser mais fraco do que entre os bilíngues. “Aprenda um novo idioma com qualquer idade pelo estímulo mental”, aconselha. “Essa é a fonte da reserva cognitiva.” Por ora, sou grata por já ter superado esse desafio. Minha mãe nunca poderia ter adivinhado quanto suas palavras mudariam meu cérebro e o modo como vejo o mundo, mas tenho certeza de que valeu o esforço. E por tudo isso, não posso deixar de dizer: Merci!
Dupla personalidade Pesquisas mostram como o raciocínio dos bilíngues pode mudar de acordo com o idioma

Imersão cultural
Pesquisadores da Universidade Northwestern mostraram que bilíngues tendem a ter lembranças diferentes em cada língua. Ao receberem um pedido para citar “uma estátua de alguém olhando para o horizonte com um braço erguido”, voluntários fluentes em mandarim e inglês lembravam mais da Estátua da Liberdade quando a pergunta era feita em inglês e da estátua de Mao Zedong em mandarim.

Mala memória
Lera Boroditsky, professora da Universidade de Stanford, na Califórnia, descobriu numa pesquisa de 2010 que quando bilíngues falam espanhol, desenvolvem mais dificuldade em lembrar quem causou um acidente. Sua teoria é que isso acontece provavelmente porque eles tendem a usar construções impessoais como Se rompió el florero (“o vaso se quebrou”), que não explicitam o responsável pelo evento.

Sangue latino
Quando o Baruch College de Nova York pediu a voluntários bilíngues em inglês e espanhol que assistissem a anúncios televisivos com mulheres, a tendência após ver as propagandas em espanhol era classificá-las como independentes e extrovertidas; em inglês, os mesmos anúncios eram descritos como desesperados e dependentes.

Falando grego
Um estudo de pesquisadores da Universidade de Chipre revelou que indivíduos bilíngues em grego e inglês informavam reações emocionais distintas à mesma história, dependendo do idioma utilizado: eles ficavam “indiferentes” à personagem na versão em inglês do teste, por exemplo, mas “preocupados” com seu progresso quando escutavam a versão grega.

CUIDADO COM A SAÚDE APÓS AS ENCHENTES

Ministério alerta para doenças após enchentes
A água e os alimentos contaminados, além do acúmulo de lixo, favorecem o surgimento de doenças e agravos
Duranteas enchentes e após o recuo das águas, a população deve ficar alerta para o risco de contaminação e proliferação de doenças.A maioria delas ocorre devido ao consumo de água contaminada ou ao seu contato com a pele. O acúmulo de lixo favorece a proliferação de animais e insetos causadores de doenças, como ratos, baratas e mosquitos. Para evitar a ocorrência de surtos neste período, o Ministério da Saúde recomenda alguns cuidados básicos para população que vive em locais afetados por enchentes.
Ouça matéria sobre enchentes da Web Rádio Saúde.

É recomendável consumir sempre água potável. Se isso não for possível em caso de desabastecimento, as secretarias municipais e estaduais distribuem, gratuitamente, o hipoclorito de sódio (2,5%), sendo a proporção para o consumo humano de duas gotas por litro de água. Outra opção é filtrar e ferver a água por três minutos antes de ser consumida. “Também é aconselhável o uso de botas e luvas e, ainda, evitar o contato com a água da enchente”, explica a coordenadora da Vigilância em Saúde Ambiental dos Riscos Associados aos Desastres (Vigidesastres) do Ministério da Saúde, Eliane Lima e Silva
Segundo ela, essas pequenas ações podem prevenir várias doenças e fazem uma grande diferença. “É importante não consumir alimentos com cheiro, cor ou aspecto fora do normal (úmidos, mofados ou murchos). Comida contaminada pode causar diarreias, vômitos, febre e, em casos mais graves, até levar à morte”, observa a coordenadora. As principais doenças que podem ocorrer nestas situações são a leptospirose, hepatite A, doenças diarreicas e respiratórias, dengue, febre tifoide e cólera.
AÇÕES – Em conjunto com as instituições responsáveis pelo saneamento no país, o Ministério da Saúde está disponibilizando laboratórios móveis para a análise da qualidade da água. “Fizemos parcerias com municípios e estados para orientar e informar a população sobre os cuidados com a saúde após as enchentes. É uma campanha de educação e saúde, realizada em rádios, em carros de som e com a distribuição de folders”, informou a coordenadora.
Principais cuidados recomendados:
  • Retornar para casa somente após autorização da Defesa Civil ou órgão equivalente;
  • Retirar a sujeira deixada pela enchente (antes de começar a limpeza, colocar equipamentos de proteção, tais como, calça comprida, botas e luvas, para evitar o contato da pele com a água contaminada) e realize a limpeza do local com água, sabão e água sanitária para a desinfecção;
  • Lavar as mãos
  • Sempre filtrar e ferver a água antes do consumo ou filtre e misture com hipoclorito de sódio. Em ocasiões de crise, a Defesa Civil recebe doações de água mineral, que deve ser usada pela população para beber, lavar os alimentos e cozinhar.
  • Alimentos que tiveram contato direto com a enchente não devem ser consumidos. Os alimentos com embalagens abertas e que entraram em contato com a água, também devem ser descartados.
  • Para evitar a presença de ratos, mantenha os alimentos bem guardados, em recipientes bem fechados e distantes do chão; conserve a cozinha limpa e sem restos de alimentos; retire as sobras de alimentos ou ração dos animais domésticos antes de anoitecer; evite o acúmulo de objetos sem uso no quintal ou dentro da cozinha e guarde o lixo em sacos plásticos bem fechados e em locais altos até a coleta ocorrer.
  • Para evitar o tétano acidental, a melhor e mais segura forma de prevenção é a vacinação, disponível nos postos de saúde. Proteja pernas, pés, braços e mãos quando for manusear resíduos sólidos. Caso não lembre se foi vacinado, procure o serviço de saúde mais próximo e vacine-se.
  • Para evitar acidentes com serpentes, aranhas e escorpiões, entre com cuidado em casa e bata colchões, sofás, roupas, sapatos, toalhas e lençóis. Caso encontre algum animal peçonhento, entre em contato com o Centro de Controle de Zoonoses ou o corpo de bombeiros.
  • Realize a limpeza da caixa d’água.


Fonte: http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/noticia/8902/162/ministerio-alerta-para-doencas-apos-enchentes.html

Bye
Ágata Reis

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

ATENÇÃO CRIANÇA E ADOLESCENTES!!

03/12/2012 , às 17h20

CRACK, É POSSÍVEL VENCER: Ministro inaugura casa de acolhimento infanto-juvenil



O Piauí já aderiu ao programa do governo federal e a unidade da capitalvai oferecer cuidados para crianças e adolescentes que tiveram seus vínculos familiares e sociais fragilizados ou rompidos

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha participou nesta quarta-feira (28) da inauguração da Casa de Acolhimento Transitório infanto-juvenil (CATi) em Teresina, no Piauí. A unidade oferecerá cuidados para crianças e adolescentes que tiveram seus vínculos familiares e sociais fragilizados ou rompidos em consequência do uso de álcool e outras drogas, e que não estão passando por medida socioeducativa.

Para dar mais qualidade ao atendimento, o ministro Padilha adiantou que estão sendo habilitados 21 leitos em enfermarias especializadas em álcool e drogas no hospital Getúlio Vargas. “Estas casas de acolhimento vão receber, por ano, mais de R$ 1 milhão para tratar dependentes em grave crise. O foco do plano Crack é Possível Vencer é a oferta da possibilidade de tratamento diferenciado a dependentes que têm relação distinta com a droga. Esta unidade piauiense, que conta com apoio do Ministério da Saúde para funcionar adequadamente, as crianças e jovens encontrarão acolhimento e tratamento para conquistar sua reinserção social”, completa o ministro.

Até 2014, o Ministério da Saúde investirá mais de R$ 16 milhões para tratamento de usuários de drogas no estado do Piauí. “Teresina está de parabéns ao inaugurar esta casa. Esta é a primeira unidade que inauguro que se dedica ao acolhimento infantil. Criança tem de ser tratada como criança e não como adulto”, destacou Padilha.

ATENDIMENTO- A casa de acolhimento tem capacidade para atender voluntariamente crianças e adolescentes - do sexo masculino - entre 10 e 18 anos incompletos. A unidade funciona 24 horas e tem caráter residencial e transitório para atendimentos psicossociais. A casa de acolhimento conta com 40 profissionais entre assistentes sociais, psicólogos, terapeuta ocupacional, educador físico, cuidadores, redutores de danos, porteiros e auxiliar de serviço geral.

PLANO CRACK- O Estado do Piauí já aderiu ao programa do governo federal “Crack, É Possível Vencer”. O Piauí poderá criar - nos próximos dois anos - mais de 205 leitos para atendimento aos usuários de drogas, em especial o crack. As vagas serão possíveis por meio da abertura de 50 leitos em enfermarias especializadas; construção de dois novos Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS) 24 horas e seis novas unidades de acolhimento (sendo três destinadas ao público adulto e outras três infantil). Para as ações da saúde serão investidos R$ 18,7 milhões no eixo Saúde.

Para a capital piauiense estão previstos, até 2014, a abertura de 43 novos leitos; construção de dois novos Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS) 24 horas e duas novas unidades de acolhimento.

Por Zeca Moreira, da Agência Saúde – Ascom/MS
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CUIDADOS QUE DEVEMOS TER EM CASA E NA PRAIA, VERÃO!

Data de Cadastro: 07/01/2013 as 08:38:48 alterado em 07/01/2013 as 08:39:31

SVS alerta sobre riscos de acidentes por animais peçonhentos nos meses de verão


Nos meses de verão, cresce o risco de acidentes por animais peçonhentos em relação aos demais meses do ano. O aumento ocorre, entre outros motivos, pela maior pluviosidade do período, quando os animais costumam procurar abrigo em locais secos, como as residências, e pela maior exposição da população a situações de risco, como caminhadas em trilhas, cachoeiras e praias. Diante disso, a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde recomenda alguns cuidados a serem tomados para se evitar acidentes com animais peçonhentos, e informa o que deve ser feito em casos de acidentes.

Em locais ou situações de risco de acidentes por animais peçonhentos terrestres (serpentes, escorpiões, aranhas, abelhas, lagartas), como matas, trilhas, áreas com acúmulo de lixo, serviços de jardinagem, atividade de lazer e limpeza e deslocamento de móveis, utilize sempre equipamentos de proteção individual (EPI), como luvas de couro, botas de cano alto e perneira. Caso encontre um animal peçonhento, afaste-se com cuidado e evite assustá-lo ou tocá-lo, mesmo que pareça morto, e procure a autoridade local para providências.

Em locais ou situações de risco de acidentes por animais peçonhentos aquáticos (ouriços-do-mar, águas-vivas e caravelas, arraias, bagres), diversos cuidados são necessários. Em locais rochosos ou com pedras soltas, caminhe sempre com os pés protegidos por calçados firmes de solado antiderrapante (tênis ou sapatilha). Também é importante ficar longe de áreas com grandes populações de ouriços-do-mar, pois estes são responsáveis pela maior parte dos acidentes envolvendo animais marinhos. Banhos em praias onde aconteceram acidentes recentes por águas-vivas e caravelas devem ser evitados. Evite, ainda, tocar buracos e pedras com as mãos desprotegidas. Em rios e lagos, é preciso ter atenção ao risco de ferimentos por arraias, bagres ou qualquer outro animal aquático perigoso conhecido na região. Além disso, manuseie cuidadosamente os peixes durante sua retirada do anzol ou rede de pesca.

Em caso de acidente por animal peçonhento, procure atendimento médico imediatamente. Se possível, lave o local da lesão com água e sabão, e mantenha a vítima em repouso até a chegada ao pronto socorro. Não amarre o membro acidentado, nem tente sugar o ferimento com a boca. A aplicação de qualquer tipo de substancia (pó de café, álcool, entre outros) na lesão também não é indicada. No momento do atendimento, informe ao profissional de saúde o máximo possível de características do animal causador, como o tipo de animal, a cor e o tamanho.


Informações adicionais:

Para mais informações sobre o tema, entre em contato com o Disque Saúde pelo telefone 0800-61-1997 ou acesse o site a seguir:

http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/area.cfm?id_area=1536

VIGILÂNCIA DE SAÚDE = DEPENDE DA NOSSA AJUDA TAMBÉM DIÁRIA EM NOSSO TERRITÓRIO

Data de Cadastro: 08/01/2013 as 09:36:25 alterado em 08/01/2013 as 11:20:24
VIGILÂNCIA

Ministério da Saúde repassa R$ 173 milhões para combate à dengue

Todos os 5.565 municípios brasileiros receberão os recursos adicionais. Nos últimos dois anos, houve redução de 77% nos casos graves da doença e 57% nos óbitos

Para intensificar as medidas de vigilância, prevenção e controle da dengue, o Ministério da Saúde está repassando R$ 173,2 milhões a todos os municípios brasileiros. Deste total, R$ 143,6 milhões será destinado às secretarias municipais de saúde e R$ 29,7 milhões às secretarias estaduais de saúde. Os recursos são para qualificação das ações de combate ao mosquito transmissor da doença Aedes aegypti, o que inclui o aprimoramento dos planos de contingência. No verão passado o Ministério repassou R$ 92 milhões para 1.180 municípios.
Mais de 190 milhões de pessoas serão beneficiadas com as medidas de controle e prevenção da dengue. O adicional representa um subsídio de 20% do valor anual do Piso Fixo de Vigilância e Promoção da Saúde e será repassado em parcela única.
Em contrapartida, os municípios precisam cumprir algumas metas, como disponibilizar quantitativo adequado de agentes de controle de endemias; garantir cobertura das visitas domiciliares pelos agentes; adotar mecanismos para a melhoria do trabalho de campo; realizar o LIRAa (Levantamento Rápido de Infestação por Aedes Aegypti) com ampla divulgação nos veículos de comunicação locais; notificar os casos graves suspeitos de dengue, entre outras ações.
CASOS DA DOENÇA - O Brasil registrou 77% de redução nos casos graves de dengue no período comparativo entre janeiro a dezembro 2010 e janeiro a dezembro de 2012. No ano passado, até 22 de dezembro, foram registrados 3.965 casos graves em todo o país, contra 17.475 no mesmo período de 2010.
O estado que apresentou maior redução de casos graves, neste período de dois anos, foi Roraima, com queda de 99%, seguido por São Paulo (97%), Rondônia (96%), Acre e Minas Gerais (95%) e Mato Grosso do Sul e Amazonas (94%). Em números absolutos, o estado de São Paulo foi o que contabilizou a maior redução de casos graves - 82 casos de janeiro a dezembro de 2012, contra 2.905 no mesmo período de 2010. A redução foi seguida pelo estado do Rio de Janeiro, com 885 casos graves, em 2012, contra 2.563 em 2010.
ÓBITOS - Seguindo a mesma tendência, o número de mortes por dengue, no Brasil, também apresentou queda, de 57% em comparação com 2010. De janeiro até 22 de dezembro de 2012 foram confirmados 283 óbitos, sendo que no mesmo período de 2010 foram 656.
Se a comparação for feita com 2011, quando ocorreram 484 mortes, o percentual de queda é de 42%. Destaque também para os estados do Amapá, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e o Distrito Federal que não apresentaram nenhuma morte.
CHUVAS - O aumento das chuvas e o calor contínuo no verão, em diferentes estados, favorecem a proliferação do Aedes aegypti. “A prevenção precisa ser mantida, mesmo com a redução nos casos graves de dengue”, afirma o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Ele lembra que as ações de prevenção não podem ser interrompidas com a mudança dos gestores. “Faço um apelo aos novos prefeitos, que iniciaram o mandato em janeiro, para continuar o trabalho já realizado pelos antecessores. A combinação do trabalho preventivo em cada residência, com as ações do poder público, é capaz de reduzir a presença do mosquito do Aedes aegypti no meio ambiente e, consequentemente, evitar epidemias”, observa o ministro.
O secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, lembra que no período de dezembro a maio, a população deve redobrar os cuidados com suas casas, verificando o adequado armazenamento de água, o acondicionamento do lixo e a eliminação de todos os recipientes sem uso que possam acumular água e virar criadouros do mosquito. Além disso, é importante cobrar o mesmo cuidado com ambiente público, como o recolhimento regular de lixo nas vias, a limpeza de terrenos baldios, praças, cemitérios e borracharias.
Aos primeiros sintomas da dengue (febre, dor de cabeça, dores nas articulações e no fundo dos olhos), a recomendação é que a pessoa procure o serviço de saúde mais próximo. É fundamental não tomar remédio por conta própria - pois isso pode mascarar sintomas e dificultar o diagnóstico - devendo ainda estar alerta para sinais de agravamento, como vômitos e dores abdominais. “A única medida que a pessoa deve adotar é a ingestão de muito líquido, como água, sucos ou chás, até que seja atendida por um profissional de saúde. Além disso, tomar um medicamento inadequado, como a aspirina ou o Ácido Acetilsalicílico (AAS), pode contribuir para agravar o quadro do paciente, aumentando a chance de morte”, alerta o secretário.
Tabela 1 – Comparativo de casos graves e óbitos confirmados por dengue no Brasil de janeiro a 22 de dezembro de 2010, 2011 e no mesmo período em 2012
País / UF
Semana epidemiológica 1 a 51
Casos graves
Óbitos
2010
2011
2012
2010 (%) 2011 (%)País / UF
2010
2011
2012
2010 (%)2011 (%)
Rondônia
367
32
14
-96%
-56%
Rondônia
18
3
1
-94%
-67%
Acre
88
31
4
-95%
-87%
Acre
8
2
0
-100%
-100%
Amazonas
301
274
18
-94%
-93%
Amazonas
6
16
4
-33%
-75%
Roraima
282
20
2
-99%
-90%
Roraima
5
1
0
-100%
-100%
Pará
402
195
91
-77%
-53%
Pará
20
20
4
-80%
-80%
Amapá
11
41
14
27%
-66%
Amapá
3
0
0
-100%
0%
Tocantins
51
51
39
-24%
-24%
Tocantins
5
4
5
0%
25%
Maranhão
202
159
44
-78%
-72%
Maranhão
4
19
11
175%
-42%
Piauí
118
65
39
-67%
-40%
Piauí
7
2
5
-29%
150%
Ceará
222
645
216
-3%
-67%
Ceará
16
62
34
113%
-45%
Rio Grande do Norte
285
577
287
1%
-50%
Rio Grande do Norte
7
17
8
14%
-53%
Paraíba
104
206
141
36%
-32%
Paraíba
5
8
12
140%
50%
Pernambuco
1129
597
187
-83%
-69%
Pernambuco
24
25
25
4%
0%
Alagoas
461
71
129
-72%
82%
Alagoas
21
8
9
-57%
13%
Sergipe
44
81
45
2%
-44%
Sergipe
0
5
1
100%
-80%
Bahia
990
336
234
-76%
-30%
Bahia
34
16
29
-15%
81%
Minas Gerais
1370
207
73
-95%
-65%
Minas Gerais
83
18
12
-86%
-33%
Espírito Santo
1570
1834
453
-71%
-75%
Espírito Santo
13
19
10
-23%
-47%
Rio de Janeiro
2563
3790
885
-65%
-77%
Rio de Janeiro
43
134
40
-7%
-70%
São Paulo
2905
507
82
-97%
-84%
São Paulo
141
56
15
-89%
-73%
Paraná
194
229
17
-91%
-93%
Paraná
13
14
1
-92%
-93%
Santa Catarina
1
1
0
-100%
-100%
Santa Catarina
0
0
0
0%
0%
Rio Grande do Sul
52
1
0
-100%
-100%
Rio Grande do Sul
0
0
0
0%
0%
Mato Grosso do Sul
1815
131
103
-94%
-21%
Mato Grosso do Sul
42
2
6
-86%
200%
Mato Grosso
892
46
191
-79%
315%
Mato Grosso
52
5
20
-62%
300%
Goiás
1013
409
654
-35%
60%
Goiás
81
27
31
-62%
15%
Distrito Federal
43
9
3
-93%
-67%
Distrito Federal
5
1
0
-100%
-100%
Total
17475
10545
3965
-77%
-62%
Total
656
484
283
-57%
-42%