Condição, que é consequência do envelhecimento, afeta quase metade da população com mais de 60 anos
A presença de inúmeras saliências no formato de bolsas (os chamados diverticulos) em qualquer parte do trato gastrointestinal, principalmente no intestino grosso, caracteriza a condição conhecida como diverticulose. A doença, que afeta quase metade da população com mais de 60 anos, sem distinção entre os sexos, é consequência do envelhecimento e perda de elasticidade do intestino e por isso merece atenção.
Uma dieta pobre em Fibras e a predisposição genética são outros dois fatores que podem levar ao aparecimento da diverticulose, que não necessariamente causará problemas de saúde: os pacientes são, em grande parte, assintomáticos. Em alguns casos, porém, a pessoa pode se queixar de cólicas ou gases.
Embora ainda não haja cura, existem medidas que podem evitar um agravamento do quadro. Dentre elas estão hábitos de vida saudáveis, exercícios físicos frequentes, redução do estresse, ingestão de 30g diárias de fibras e maior consumo de água. Há alguns anos, a ingestão de alimentos com sementes (como uvas e tomates, por exemplo) era desaconselhada, mas atualmente estudos científicos já comprovaram que essa relação não existe.
A maior preocupação é que essa condição avance e se torne uma diverticulite, inflamação dos divertículos, podendo levar à morte em alguns casos. A estimativa é que 25% dos portadores de diverticulose desenvolvam diverticulite.
Os principais sintomas da diverticulite são dores no baixo ventre à esquerda, diarreia, sangue nas fezes, febre, náuseas e vômitos. Em casos graves, pode haver a formação de fistulas ou o rompimento de um divertículo, que permitirá o vazamento de fezes para a cavidade abdominal, causando a peritonite.
Exames de imagem, como a tomografia computadorizada e a ultrassonografia, podem localizar a inflamação. Confirmando o diagnóstico, é preciso inicar o tratamento com dieta restritiva e antibióticos. Para aqueles que não respondem bem ao tratamento clínico a solução é a cirurgia, indicada depois de avaliação do histórico do paciente e evolução da doença, mas sempre de forma individualizada. A operação retira parte do intestino comprometido e pode ser realizada por videolaparoscopia, já que dessa forma a dor pós-operatória é menor e a internação mais curta.
É preciso aderir à dieta e aos exercícios a fim de evitar uma nova crise, comum em 30% dos casos. Aproximadamente 90% das recaídas ocorrem em um prazo de cinco anos após a primeira manifestação da doença e nesse caso o risco de complicações é menor.
Fonte: www.einstein.br
Bye Ágata Reis
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